quarta-feira, 1 de junho de 2011

Heuler Cruvinel se movimenta em prol de Goiás


O deputado federal Heuler Cruvinel faz um balanço do trabalho que vem desenvolvendo fente ao Legislativo Federal e das ações pelo Estado afora. Envolvido com todos os assuntos que dizem respeito ao desenvolvimento social, cultural e econômico de Goiás, Heuler Cruvinel vem se mostrando um dos parlamentares mais competentes desta legislatura. Esta semana, o deputado falou à imprensa.

Resumo da semana na Câmara dos Deputados...

Semana em que foram votadas três medidas provisórias e a aprovação do Código Florestal, matéria mais importante apreciada por essa legislatura. A aprovação, na íntegra, do código florestal conforme a relatoria do deputado Aldo Rebelo. Também a emenda que permite que as áreas que estão produzindo possam continuar produzindo. Essa emenda vai se jutar ao código, dando mais tranquilidade ao produtor para produzir na legalidade alimentos que cheguem cada dia mais barato na mesa do consumidor.

Quem sai ganhando com a aprovação?

Todos saem ganhando. Com a legislação ambiental de cada Estado, estendendo ao produtor rural a condição de que possa continuar produzindo é um ganho muito grande para o produtor rural. Como a gente vem falando, temos que conciliar a produção rural e a preservação ambiental e o produtor tem consciência disso, ele quer produzir e preservar. O agronegócio é a mola propulsora do país e contribui com o superávit da balança comercial brasileira, importante na geração de emprego e renda. O país sai ganhando com a aprovação, o ambientalista, o produtor e o consumidor, que vai ter um alimento mais barato na sua mesa.

Vistoria das obras de duplicação da BR 060. O senhor acredita que essa obra trará mais crescimento para o sudoeste goiano?

Com toda certeza! Serão gerados dois mil empregos na obra de duplicação, que já é realidade no sudoeste. Temos seis frentes de trabalho nessa duplicação de Goiânia a Jataí. Hoje, se não houver problemas nos recursos, dentro de três anos a obra estará concluída. É sonho antigo de todo o sudoeste goiano e de vital importância para a região. Não produzimos apenas matéria-prima, mas também industrializamos a nossa produção. Será uma via de escoamento dando maior tranquilidade e segurança para o trânsito das nossas famílias. Quero parabenizar o ex-presidente Lula, a presidente Dilma e o governo federal por essa que é a maior obra rodoviária em execução do país. E também a restauração da BR 452, rodovia que está em péssimas condições mas que já vem passando por um recapeamento. Um sonho antigo e realidade necessária de interligar a nossa malha ferroviária com a rodoviária... estamos trabalhando para que possamos ter a plataforma multimodal, o porto seco para escoar a nossa produção até o porto de Santos. Aqui produzimos e geramos renda.

Reunião com a Caixa Econômica Federal

Com o prefeito Juraci, reunimos com a superintendente da Caixa Econômica Federal em Goiás e marcamos a entrega das casas e apartamentos do Jardim Helena e Setor Paineiras. Serão mais de 500 unidades entregues em 30 de junho. As famílias selecionadas receberão as casas e os apartamentos. Enviamos alguns nomes à Caixa, que fez uma triagem social com as famílias mais necessitadas para receberem as casas e apartamentos. Recurso que conseguimos ainda enquanto eu era Secretário de Habitação em Rio Verde.

Entrega de Viaturas

Estaremos juntos com o secretário de Segurança Pública, João Furtado, cumprindo um compromisso que ele assumiu em audiência pública no dia 28 de abril, de que realizaria na segunda quinzena de maio a troca de todas as viaturas no município. Foram 21 viaturas para o município de Rio Verde e mais sete para ajudar no controle da segurança pública. Um total de 28 unidades! O compromisso foi assumido por João Furtado, em parceria do governador Marconi e o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins.

Entrega de cobertores para famílias carentes (Goiás Sem Frio) e Rodovidas

O Goiás Sem Frio é um programa da OVG, levado adiante pela primeira dama Valéria Perillo, com a entrega de 100 mil cobertores para 246 municípios goianos e Rio Verde foi beneficiado com 1.500 cobertores para a secretaria de promoção social, que irá repassar para as famílias mais necessitadas no início do inverno.
E sobre o programa Rodovida, que é o maior implementado pelo governo estadual até o momento, que será implementado: foi aberto o edital de licitação no dia 28 de maio para que as obras se iniciem até o mês de julho. Serão 2.080 km de rodovias reconstruídos no Estado de Goiás. A nossa região será beneficiada! Todas as rodovias que necessitam de reconstrução estão inseridas. Serviço que será de qualidade tirando todo o asfalto ruim para um de qualidade, o especificado na licitação com controle de qualidade. É uma reivindicação antiga dos usuários dessas rodovias. Marcará uma nova história em Goiás.

Avaliação dos primeiros meses de trabalho

Estou satisfeito com o rendimento que estamos tendo no Congresso Nacional. Estou nas Comissões mais importantes dentro da casa: a de Agricultura e Comissão Mista de Orçamento e Desenvolvimento Urbano. Sou relator de três projetos de lei e tenho ajudado e contribuído com os recursos que me comprometi enquanto candidato. Quero ajudar Juraci Martins e todas as cidades que represento. Tenho trabalhado bastante em busca dos recursos para ajudar no desenvolvimento de todo o sudoeste goiano. Estou satisfeito e sei que os resultados virão. Tenho feito o elo entre Juraci e Marconi, que tem tido dificuldades para restabelecer as finanças do Estado nesse começo de governo. Tudo para que Goiás possa caminhar, crescer e seguir em frente.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O crack e os nossos filhos, filhos do Brasil

     Falar sobre um tema tão recorrente quanto o crack não é fácil. Isso porque o avanço vertiginoso da droga, feita da borra da cocaína, apresenta resultados espantosos em seus usuários, transformando-os em verdadeiros zumbis que entregam suas vidas ao efeito destruidor desse produto manipulado por qualquer um, em qualquer fundo de quintal. É isso mesmo! O crack é um produto barato, acessível à todas as classes sociais e, por isso, mesmo é tão ameaçador.
     Praticamente todas as semanas os jornais estampam histórias tristes sobre  usuários que roubam os próprios pais, ou outros parentes, geralmente usando a violência, chegando a cometer crimes fatais para adquirir o produto, que está ali, à venda nas esquinas ou na porta das escolas. Muito tem se debatido sobre esse mal mas, na verdade, são poucas as ações concretas para se enfrentar um inimigo tão avassalador, que tem como público alvo nossas crianças e adolescentes que, é bom lembrar, na teoria têm suas vidas resguardadas pela Constituição Federal em um   Estatuto criado com essa fnalidade.
     Confesso que tenho pensado muito sobre esse assunto em busca de uma solução em que governo e sociedade possam se mobilizar em prol de uma conscientização em massa, utilizando o conhecido tripé social: família, escola e polícia. Sim, pois se cabe à família educar com uma sólida formação moral, para que mais tarde não venha chorar sobre o leite derramado, é obrigação da escola dar sequência a essa tarefa, reforçando os pilares pra se formar o cidadão com uma educação de qualidade, preparando-os para a vida e para o mundo. Meta que só é atingida quando se usa as ferramentas pedagógicas certas.
     À polícia cabe o dever de reprimir o tráfico em todas as suas formas, desde a prevenção, passando pela conscientização até chegar à repressão, ao combate direto, com o objetivo de localizar, prender e colocar o traficante sob a pena da lei. Nesse sentido, temos visto algumas iniciativas governamentais expressivas, porém isoladas, com resultados a médio ou longo prazo. Mas o problema é gravíssimo e exige ações imediatas.
     O combate a esse monstro que já espalhou suas garras por todos os cantos do país, desde as maiores cidades até as regiões mais isoladas, não cabe apenas ao Governo enquanto órgãos administrativo, legislativo e executivo, mas sim a toda a  sociedade. É preciso unir forças, redobrar as atenções, começando de dentro de casa. Se os pais estiverem atentos vão perceber mudanças no comportamento do filho que está se enveredando pelos caminhos da droga.
     Atenção que precisa ser estendida para as escolas, onde a má influência de um   usuário pode arrastar dezenas de vítimas para o mesmo buraco. E, por último, uma atenção redobrada das autoridades competentes, que precisam tomar providências sérias e imediatas, afinal, não se trata de uma simples batalha e sim de uma guerra, cujas as maiores vítimas são os nossos filhos, os filhos do Brasil, que estão morrendo nas trincheiras visíveis das drogas, bem aqui, debaixo dos nossos olhos distraídos com a agitação da chamada vida moderna. 

sábado, 30 de abril de 2011

As temíveis ondas da inflação

O site Globo.com do último dia 25 traz uma matéria com a seguinte manchete: “Temos imensa preocupação com a inflação”, diz a presidente Dilma. A foto que ilustra a matéria mostra a nossa presidente tomando vacina contra a gripe. Dizem que uma imagem vale por mil palavras, por isso a tal foto da vacina não está ali por acaso. Quando o assunto é inflação o ideal é prevenir, é vacinar, reforçar a imunidade desse imenso organismo chamado Brasil, um paciente que já convalesceu desse mal, chegando a ficar na UTI por anos a fio, com uma  febre inflacionária,  que no governo Sarney bateu na casa dos 86% ao mês!, ou seja, 2.751% ao ano!
Para a nova geração, acostumada a viver num país de saúde mais estável nesses últimos anos, pode parecer ficção. E por falar em ficção, entro na área do cinema para dar um exemplo de como a economia brasileira estava verdadeiramente nas trevas naqueles anos. Em 1988 uma produção norte-americana desembarcou no Brasil para produzir o filme Luar Sob Parador, estrelado por Richard Dreyfuss, Raul Julia, Sammy Davis Jr. e Sonia Braga. Rodado em Ouro Preto, o filme conta uma história curiosa: o ditador de um país fictício morre de ataque cardíaco e é substituído por um sósia, ator que estava trabalhando naquele pequeno país.
Bem, o roteiro dessa comédia leve e realmente divertida não é tão absurdo quanto o que dizem ter acontecido no período das filmagens no Brasil. É que o produtor do filme – orçado em alguns milhões de dólares –, não perdeu a oportunidade de aplicar o dinheiro da produção nos bancos brasileiros. Resultado, terminada as filmagens, os gringos retornaram para a América com o mesmo valor que teriam trazido para gastar, pagando todo filme apenas com o juro ganho em nosso país.
Se é verdade ou lenda nunca vamos saber, a única certeza é de que uma inflação galopante como naquela época provoca situações inusitadas, causando um desequilíbrio total no país e na vida da população, que por ser a parte mais fraca, sempre vê a corda arrebentar de seu lado. Voltando ao presente e à matéria do site Globo.com, percebemos que os economistas do mercado financeiro elevaram a sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2011 de 6,29% para 6,34%, de acordo com relatório divulgado pelo Banco Central. Apesar de a presidente Dilma dizer que está imensamente preocupada com a inflação, mas que em hipótese alguma o governo se desmobilizará diante do temido monstro, para o qual todas as  atenções vão estar voltadas com o objetivo de combatê-lo, é preciso ficarmos em alerta! Os produtos que mais subiram nos últimos meses (etanol, gasolina, cebola, laranja, banana, óleo de soja e a mensalidade dos ensinos médio e fundamental), fazem parte da lista das necessidades básicas da sociedade.
Para compensar esse desajuste, a palavra ‘supérfluo’, esquecida nos últimos anos, pode voltar com força total no vocabulário dos brasileiros. Já tem muita gente controlando o orçamento diário, diminuindo gradativamente a lista de compras, deixando de lado os produtos considerados supérfluos. As donas de casa, conhecidas como heroínas nos tempos de crise por lutar bravamente  no “ringue dos supermercados”, começam a ficar assustadas com a possibilidade de reviver aquele pesadelo.
Só pra lembrar, quando a crise mundial deixou o mundo em alerta, o ex-presidente Lula disse que para o Brasil aquele “tsunami” não passava de uma “marolinha”. Esperamos que a tal “marolinha” não esteja ganhando forças com a ventania da desatenção na política financeira do país. Que as ondas da inflação cresceram enquanto o “barco Brasil”  estava distraído, não temos dúvida. Não podemos permitir que a ornamentação de candidato à nova potência mundial não nos deixe enxergar o que nos espera pela frente nesse traiçoeiro mar da política econômica.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Heuler quer explicações sobre cortes no MCMV

Foto: Sidney Lins Jr.

“Enquanto candidata, no ano passado, a Presidenta Dilma havia assegurado que nenhum contingenciamento que se fizesse necessário atingiria programas sociais do Planalto”. Com esse argumento, Heuler Cruvinel conseguiu a aprovação do requerimento (REQ 8/2011) que solicita realização de audiência pública para ouvir a ministra do Planejamento, Miriam Belchior sobre os cortes de R$ 5 bi no programa Minha Casa, Minha Vida. “A dotação orçamentária de R$ 12,7 bilhões do programa residencial, para o ano de 2011, foi reduzida para R$ 7,6 bilhões”, explica o parlamentar.

A federalização da FESURV e um breve resumo do ensino superior no Brasil

A federalização da Universidade de Rio Verde, a FESURV, foi um assunto que defendi e, com o qual, me comprometi por saber que a educação é uma das portas mais importantes para a liberdade do homem. Compromisso feito e trabalho iniciado assim que assumi o honroso cargo no Congresso Nacional. Mas, consciente da complexidade do assunto, que diga-se de passagem vai além da ideia de se tornar mais democrático o acesso à universidade, comecei a pesquisar para entender um pouco esse emaranho do ensino superior no país. E logo de imediato percebi a origem de tudo, já que durante o período colonial as universidades e a imprensa eram proibidas no Brasil, dificultando a circulação de livros  e, claro, a expansão do conhecimento.
Os poucos livros que chegavam ao país eram importados da Europa, não só de Portugal, como também da França e da Inglaterra. O que, inclusive, exigia o conhecimento de outras línguas em meio a uma população quase completamente formada por analfabetos. Além da tentativa de impedir a circulação de novas ideias que pudessem conduzir a independência, a falta de recursos docentes para enviar à colônia era outro entrave, já que Portugal contava com poucas universidades de prestígio, se destacando a de Coimbra, além das de Évora e Lisboa. Os livros, todos importados, sofriam taxação elevada e, igualmente, um controle político e ideológico que, para ser burlado, também gerava dividendos aos funcionários da Coroa.
Para driblar essas taxas e os encargos advindos da corrupção, os colonos no Brasil inventaram os famosos “Santos do Pau Oco”, imagens sacras que tinham o interior oco para carregar contrabando. Na ida para o reino estes santos levavam ouro e diamantes, na volta para o Brasil traziam livros. Graças ao enriquecimento dos senhores de engenho, as universidades portuguesas ficaram cheias de filhos de colonos enviados à metrópole para estudar. Com as universidades proibidas por aqui, coube aos jesuítas a responsabilidade pela criação de escolas na colônia, sendo que a primeira escola de ensino superior foi  fundada em  Salvador no ano de 1550, se estendendo posteriormente até  São Paulo, Pernambuco, Maranhão, Pará e Rio de Janeiro.
Mas este tímido inicio sofreu um retrocesso com a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal, que governou o Brasil em nome do rei D. José I. Com a chegada da família real em terras tupiniquins, a educação começou a renascer das cinzas, mas muito lentamente, já que D. João VI não criou universidades no Brasil, optando pelo sistema de cátedras, unidades de ensino de extrema simplicidade, formadas por professores que, com seus próprios meios, ensinavam seus alunos em locais improvisados, cobrando pelo serviço. Em 1808, D. João VI fundou a cátedra de Medicina, na Bahia e no Rio de Janeiro, que aos poucos foram evoluindo e se transformando em  escolas, academias e faculdades especializadas, unidades de ensino superior organizadas em torno das cátedras.
Depois da independência do Brasil, as tendências iniciadas anteriormente foram mantidas. Em 1827, D. Pedro I fundou Faculdades Jurídicas em São Paulo e Olinda, esta última sendo transferida posteriormente para Recife. A partir de alterações na legislação, a República fomentou o ideal de livre ensino positivista, segundo o qual todos os cidadãos deveriam ter as mesmas oportunidades educacionais. Desde que estas escolas públicas se submetessem a fiscalização federal, seus estudantes tinham direito ao ingresso no ensino superior sem precisar prestar “exames”. Em 1901, o privilégio foi estendido aos colégios privados, criando uma ampla demanda por novas faculdades, fazendo surgir inúmeros centros de ensino superior privados, embora não tivessem se quer o status de faculdade.
A primeira Universidade criada no Brasil, mesmo sem o perfil exato do que se entende pelo termo (agregando docência e pesquisa), nasceu em Manaus, em 1909, fomentada pela prosperidade econômica do ciclo da borracha. No entanto, sua vida foi breve, a universidade acabou junto com o fim da prosperidade da borracha, em 1926.
Pelo que se vê, depois de tantas idas e vinda, evolução e retrocesso e uma séria de reformas no ensino superior, passando ainda pelo período da ditadura até a Constituição de 1988, com a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a formação profissional no Brasil ainda não achou seu ponto de equilíbrio para facilitar um pouco mais a vida dos nossos jovens,  que em plena era da globalização, ainda lutam arduamente para terem acesso ao  ensino superior.
              A lição que fica é que ainda precisamos trabalhar muito para proporcionar aos nossos  alunos o direito básico da educação. Isso, em todas as regiões do país, independente da força econômica dos Estados. É exatamente esse desafio que estou enfrentando com o intuito de ajudar a promover a federalização da FESURV. Só assim, milhares de jovens goianos poderão realizar o sonho da formação profissional em uma Universidade Pública Federal. Os primeiros passos já foram dados já que apresentei a emenda ao Poder Executivo, por meio do Dr. Carlos Costa, Secretário Nacional do Ensino Superior. Temos consciência de  que o processo de federalização de uma universidade não é simples e nem rápido como gostaríamos, mas o importante é que semente já foi plantada. Estarei atento, de plantão, regando esse sonho diariamente para que ele possa nascer, crescer e dar frutos. Frutos que alimentarão o saber.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

“Não tenho medo da morte e sim da desonra”

A frase que escolhi para título desse artigo foi ouvida por milhões de brasileiros nesses últimos dias. Frase direta, desafiadora, pronunciada durante uma entrevista concedida por um homem de quase 80 anos, que enfrentou por anos a fio uma corajosa batalha contra o câncer. Mesmo com a aparência abatida de alguém que já havia passado por mais de dez cirurgias, o autor da frase a pronunciava com uma voz grave, firme, como quem quisesse dizer algo além do significado daquelas palavras. Queria dizer e disse, afinal, o nosso ex-vice-presidente José Alencar, um cidadão brasileiro autêntico, inteiro, transparente, cuja história de vida serve de exemplo para todos, principalmente para nós políticos, que colocamos por livre e espontânea vontade nossos nomes a serviço da causa pública.
 José Alencar Gomes da Silva, décimo primeiro filho de um comerciante e de uma dona-de-casa, nasceu em Itamuri, município de Muriaé, Zona da Mata mineira.  O primeiro emprego como vendedor em uma loja de tecidos aos quatorze anos foi apenas o início da trajetória de um dos mais bem sucedidos empresários da indústria têxtil do país. Quando ingressou na política em 1994, concorrendo ao governo de Minas Gerais pelo PMDB, o empresário de sucesso José Alencar sentiu o sabor derrota, obtendo pouco mais de 10% dos votos válidos, ocupando o terceiro lugar na preferência dos eleitores.
Sempre determinado e confiante de que poderia contribuir com a política brasileira assim como sempre contribuiu com o desenvolvimento econômico do país, José Alencar candidatou-se a uma vaga no Senado Federal em 1998, sendo eleito com  quase 3 milhões de votos. Em 2002, quando Luiz Inácio Lula da Silva entrou mais uma vez na disputa pela cadeira presidencial, já calejado de derrotas anteriores, foi buscar no ponderado José Alencar o vice ideal para quebrar a desconfiança que boa  parte dos brasileiros ainda tinha com o “quase eterno”  representante dos trabalhadores.  Naquela época, já filiado ao PL que havia feito aliança com o PT, José Alencar aceitou o desafio e foi o ponto de equilíbrio, tornando-se peça fundamental na expressiva vitória de Lula.
Mas se a política brasileira tem o costume de colocar seus vices numa incômoda posição muito bem definida por João Gomes, vice-prefeito de Anápolis, que sempre diz que o vice se equilibra numa tênue linha entre a discrição e a intromissão, José Alencar foi um verdadeiro equilibrista durante o governo Lula. Discreto sem ser omisso e participativo sem ser intrometido, o mineirinho Alencar marcou sua posição como uma espécie de irmão mais velho do presidente, chegando a criticar abertamente a política de juros quando foi preciso, entre outros “puxões de orelha”.
Em 2006, mesmo enfrentando problemas de saúde, José Alencar não fugiu ao desafio de integrar mais uma vez a chapa de Lula. Vitorioso, o nosso vice se via cada vez mais acuado pelo câncer, intercalando seu precioso tempo entre as atribuições políticas que lhe cabiam e a UTI de um hospital. O câncer obrigou de forma impiedosa os médicos a submeterem José Alencar a treze cirurgias, todas elas encaradas com a mesma coragem e serenidade. E assim, o empresário bem sucedido, o político discreto e o cidadão exemplar se uniam, juntando forças para enfrentar uma batalha monstruosa. Batalha que para alguns casos, a medicina ainda não dispõe de ferramentas suficientes para vencê-la. Batalha que só mesmo pessoas de fé, coragem e determinação conseguem enfrentar. E, assim, fez nosso ex-vice-presidente José Alencar, deixando um legado como cidadão, empresário e homem público. Legado que nos chega através de sua história, de atitudes, de iniciativas, exemplos ou frases como essa: “Não tenho medo da morte e sim da desonra.”

quarta-feira, 16 de março de 2011

Notícias do mundo de lá

Colocar os pés no chão é um desejo natural de quem, por algum momento, sente-se ameaçado quando não se encontra em terra firme. Seja no alto de um arranha-céu, dentro de um elevador, numa montanha-russa, num transatlântico ou num avião, principalmente quando o mesmo passa por turbulência, seja ele um monomotor ou jato. Pois é, o chão é mesmo o porto seguro para habitantes de um planeta dominado pela implacável lei da gravidade. Seguindo a linha desse raciocínio dá pra imaginar o desespero de alguém que, de repente, sente o chão tremer sob seus pés por um avassalador terremoto como o que atingiu grande parte da população japonesa nesses últimos dias.

Se não fossem pelas imagens captadas por corajosos profissionais e heróicos amadores, seria difícil calcular a dimensão da tragédia, que só não foi maior graças à tecnologia de um país que, ao longo dos anos, vem se preparando para enfrentar a fúria da natureza. A engenharia bem que preservou o máximo que  pôde da infra estrutura como casas, prédios, rodovias e pontes da região atingida pelo terremoto, mas diante de um tsunami daquela proporção tudo se torna absolutamente frágil. Mesmo com o espaço de tempo entre o abalo sísmico e a chagada da grande onda, anunciada nos mais diferentes idiomas pelos meios de comunicação, foi impossível evitar a morte de tantos.

Em meio à dor pela perda de vidas e de danos incalculáveis ainda fica o alerta sobre a possibilidade de contaminação vinda das usinas nucleares atingidas. Para piorar a situação, o povo japonês, cuja inteligência e obstinação têm  sido essencial para o desenvolvimento tecnológico do mundo, se vê em parte ilhado por falta de comunicação. E assim, a enorme comunidade do sol nascente espalhada por inúmeros países, entre eles o Brasil, sofre pela falta de notícias de seus conterrâneos, parentes, seus irmãos em sofrimento, sonhos, perdas e conquistas.

É hora de estender a mão à comunidade japonesa e manifestar nossa solidariedade, nosso apoio, nosso carinho à um povo que muito tem contribuído com o desenvolvimento do mundo, graças à sua  visão globalizada, moderna, ousada, sempre a serviço do progresso de sua nação e dos países os quais adotam como seus. Os brasileiros, inclusive nós, goianos, somos testemunhas da importância da comunidade japonesa em nossas terras. O mundo inteiro está torcendo para que o Japão encontre, mais uma vez, forças para se reerguer, se reconstruir, se reinventar, revelando novamente a energia silenciosa e poderosa de seu povo.  É preciso torcer e contribuir, mesmo que seja com uma palavra de fé, uma oração silenciosa e discreta, ao estilo oriental.

quinta-feira, 10 de março de 2011

PARA QUE A ALEGRIA NÃO DÊ LUGAR À TRISTEZA

O carnaval realmente faz parte da cultura brasileira, ocupando lugar de destaque no calendário das datas festivas, onde a própria alegria do povo já é motivo para se festejar. E olha que não estou me referindo apenas ao carnaval profissional das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, comprovadamente um dos mais belos espetáculos da terra, ou mesmo a "procissão" arrebtadora dos Trios Elétricos da Bahia, e sim a festa do Rei Momo em sua totalidade, que cada vez mais ganha formas, ritmos e cores diferentes conforme os costumes e tradições de cada região.
Tem o carnaval de rua, o de clube, o carnaval dos bares, das praças, das festas particulares, enfim, o que não falta é opção para se liberar aquela alegria reservada especialmente para esta data tão aguardada por todos. Tudo maravilhoso se em meio a essa folia do corpo e do estado de espírito não acontecessem os exageros tão comuns antes, durante e depois dos quatro dias de festa.
Nesta lista entram a ansiedade e a obrigação de se "curtir" o carnaval, seja lá como for ou onde for, sem se preocupar muito com certas regras básicas de sobrevivência como não fazer uso de drogas, maneirar na bebida, não misturar álcoool com volante e usar preservativo, cujo o próprio nome retrata muito bem sua importância na prática do ato sexual. Mesmo com todas as campanhas realizadas com o objetivo de alertar e conscientizar a população, os números dos incidentes e principalmente dos acidentes que ocorrem todos os anos, provam que infelizmente a alegria dá lugar à tristeza no seio de milhares de famílias pelo país afora durante o carnaval.
É preciso que se tome alguma providência, e pelo visto, a melhor delas é saber ouvir a própria consciência antes de dar algum passo em falso no salão da euforia. Divertir sim, mas sempre  com cautela e responsabilidade, mesmo porque o grande enredo de qualquer carnaval, e fora dele, é a celebração à vida.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Discurso 14 de fevereiro

Meu nome é Heuler Cruvinel, sou filho da minha estimada  Rio Verde, no sudoeste goiano, e irmão em  sonhos,  costumes  e afinidade cultural de seis milhões de habitantes da nossa  abençoada e produtiva terra Goiás.
Sou novato, não só nessa honrada casa, mas também na política,  já que o meu batismo eleitoral  aconteceu nessas últimas eleições, quando tive a felicidade de receber quase 80 mil votos, que representam uma enorme  confiança depositada em meu nome e em meu partido, o DEMOCRATAS. Confiança que  só aumenta a minha responsabilidade aqui na CÂMARA FEDERAL.
Sou formado em agronomia e a minha alma  tem o cheiro da lida no campo, mas o que me atraiu para o exercício da política não foi só a causa  ruralista e sim a bandeira da renovação, da esperança de poder contribuir com novas idéias em benefício do meu estado e do meu país.
Confesso que  já experimentei  a comodidade de ficar no conforto de casa culpando  a classe política pelas mazelas do nosso imenso Brasil. Não me senti bem, percebi que era hora  de arregaçar as mangas e pleitear uma cadeira, ocupar uma tribuna como faço agora, apresentar projetos, defender idéias, buscar recursos para  aplicá-los de forma justa em setores fundamentais para a melhoria na qualidade de vida  de nossa gente; como saneamento, asfalto, moradia, iluminação, água tratada, saúde, educação e oportunidade de trabalho, principalmente para nossos jovens,  que na ociosidade e na falta de perspectivas, estão se embrenhando no pantanoso caminho das drogas. Rio Verde também  vive esse drama, um desafio que nosso prefeito Dr. Juraci Martins tem  enfrentado com muito trabalho, buscando alternativas para ampliar o leque de oportunidades de nossos jovens. Atendendo ao pedido do nosso prefeito, hoje apresentei ao poder executivo  a indicação para a federalização da FESURV. Assim, os jovens de Rio Verde e região, com menor poder aquisitivo  poderão também ter acesso à Universidade.
É preciso buscar soluções porque infelizmente, a droga, que antes parecia apenas uma ameaça, um fantasma, agora se materializou no ceio de milhões de famílias por esse país afora.
Muito já foi feito como as últimas ações no Rio de Janeiro, mas  ainda há muito pra se fazer, mesmo porque o comércio e o consumo de drogas, com seus terríveis efeitos colaterais, já se espalharam pelos  5.565 municípios brasileiros. Das maiores às menores cidades, assim como no campo; seja nos canaviais, nos cafezais, ou  nas plantações de soja, milho, arroz, entre outras.
É preciso olhar nos olhos desse monstro e combatê-lo com coragem, ousadia,  determinação e inteligência, fazendo uso de recursos humanos e científicos. E nessa tarefa, o envolvimento dos poderes  executivo e legislativo é de fundamental importância: Do prefeito e representantes da Câmara Municipal de Borá, com menos de 900 habitantes no interior de São Paulo, aos representantes dos mesmos poderes de uma das maiores metrópoles do mundo, a  capital paulista, passando é claro, pelos governos e  assembleias legislativas dos 26 estados da federação, incluindo o CONGRESSO NACIONAL, formado por nós deputados e senadores, chegando à presidente Dilma Rousseff.
Não sei se os nobres colegas, principalmente os  mais experientes, tiveram ao longo dos anos a mesma sensação que  estou tendo ao ocupar essa tribuna, pois me parece que visto daqui, o Brasil se torna ainda mais extenso, com carências realmente emergenciais.
Mas esse ponto de vista, essa realidade contundente não me assusta, pelo contrário, me dá força e coragem para trabalhar por um país mais justo, mais humano, onde os sonhos  e as realizações possam estar mais próximos.
 Pra isso é preciso acelerarmos o passo com objetivos claros no que se refere às  reformas política, tributária e  trabalhista, nesse caso, diminuindo a carga  de 44, para 40 horas por semana, além do  aumento do salário mínimo, para no mínimo 565 reais. Temas, que tenho certeza, serão debatidos com empenho, agilidade e responsabilidade  por todos os componentes da casa no decorrer de nossas  atividades.
      Anteriormente citei que aqui da tribuna vislumbro um Brasil mais vasto em sua dimensão territorial e também  em seus problemas. Por experiência própria, sei que  invertendo o ponto de vista, lá do sofá de casa, o cidadão brasileiro nos vê com uma enorme expectativa, depositando em cada um de nós a esperança de que possamos representá-los por direito e de fato, com iniciativas que venham realmente fazer diferença na vida de todos eles.
É muito importante que tenhamos consciência disso em cada decisão tomada  nessa casa de legisladores, constituída como um dos símbolos da democracia, da liberdade de expressão, dos direitos constitucionais. Sonhos esses  acalentados pelos brasileiros desde a Inconfidência Mineira, em pleno ciclo do ouro.

em 1817 ocorreu  a primeira experiência republicana no Brasil, com a insurreição de Pernambuco pela independência e formação de uma República, em um  movimento, que assim como a Inconfidência Mineira,  foi esmagado e seus líderes enforcados e esquartejados.
 Com a proclamação da independência em 1822, o sonho de liberdade vislumbrou-se no horizonte. Quatro anos mais tarde entrava em funcionamento o Parlamento previsto pela constituição.  Com a assinatura da Lei Áurea em 1888,  a liberdade que até então era branca, ampliava suas conquistas e se estendia a um Brasil mais democrático e  humano, independente do tom de pele.
Um ano depois, a proclamação da República veio reafirmar a identidade do país.
E assim caminhamos até o primeiro período da era Vargas, com um presidente que se equilibrava entre o autoritarismo e  o populismo. Em seguida, o Estado Novo com seu regime ditatorial foi o primeiro baque em nossa democracia em construção.
 Em 1946, período em que  as principais nações do mundo juntava os cacos provocados pela  segunda guerra mundial, o Brasil voltava a respirar a liberdade com  a instalação de uma Assembléia Nacional Constituinte, que elaborou uma nova Constituição,  restabelecendo os direitos individuais e devolvendo a autonomia de estados e municípios com a independência dos três poderes – Legislativo, Judiciário e Executivo.
E  aí vieram as eleições diretas para Presidente, com a vitória de  Getúlio Vargas, que  permaneceu no poder  por um período mais curto, encerrando o seu ciclo   com o suicídio  e a célebre frase: "Saio da vida para entrar na história".
Os capítulos seguintes têm páginas escritas em Goiás, já que  em seu primeiro comício como candidato à presidência, na cidade de Jataí, Juscelino Kubitschek foi questionado pelo jovem Antônio Soares Neto, (conhecido por Toniquinho), se ele não pretendia obedecer  a Constituição que sugeria a transferência da Capital Federal para a região central do país. Juscelino não só aceitou a sugestão do participativo rapaz como a colocou  entre suas principais metas de campanha. Eleição vencida e promessa cumprida, já  que em 56  o Congresso Nacional aprovou o projeto para a construção de Brasília.
Os  anos de entusiasmo da era JK, com uma nova capital projetada por Lúcio Costa e desenhada por Oscar Niemeyer, com a Seleção Brasileira conquistando o primeiro título mundial na Suécia, com  o surgimento da Bossa Nova, as conquistas memoráveis da tenista Maria Ester Bueno,  o cinema novo liderado por Glauber Rocha, foram sufocados poucos anos depois, quando em 64 os  militares tomaram o poder e, através de um ato institucional, deu-se início ao  chamado anos de chumbo.
Nunca é demais lembrar que em 68, com a    implantação do   Ato Institucional número 5, o Congresso Nacional foi fechado e a repressão institucionalizou  até o final dos  anos setenta. 
Já na década de 80, considerada perdida sob o ponto de vista econômico, O Brasil começava a se reencontrar no sentido político, com as DIRETAS JÁ.
Em 85, o povo brasileiro cai do pedestal da alegria, onde se encontrava com a eleição de Tancredo Neves,   para um vale de lágrimas com a morte do Presidente que não chegou assumir.
A abertura da Assembléia Nacional Constituinte e promulgação da Constituição de 1988, foram  sem dúvida grandes conquistas, com a volta dos direitos constitucionais e a sonhada liberdade ganhando asas depois de anos enjaulada.
Mas reaprender a voar não é fácil, assim, o pássaro da democracia bateu cabeça nos anos seguintes com uma  eleição que resultou em planos econômicos mal sucedidos, confisco do dinheiro do povo e outros equívocos históricos, que culminaram com a cassação do presidente. Cassação que contou com o árduo trabalho do Nosso Congresso Nacional.
Com o  novo presidente Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso à frente do  Ministério  da Fazenda,  foi criado o Plano Real e o início da estabilização da moeda.
Nas duas eleições seguintes, Fernando Henrique saiu vitorioso  e o Brasil deixou de ser o país do futuro para se firmar como uma nação com os pés fincados no  presente.
No início do novo milênio, o povo elege Luiz Inácio Lula da Silva, que com a casa já bem mais arrumada, conduz o país sem grande sustos na economia, graças ao brilhante trabalho do goiano Henrique Meireles à frente do Banco Central.
Mas se por um lado, a estabilidade do plano econômico se sustentava diante à  crises internas e externas, no campo político levamos alguns sustos com escândalos nada recomendáveis para quem contava com a confiança quase absoluta da população.   
Começamos agora uma nova fase, onde  os poderes legislativos e executivos de todo o país, têm  a oportunidade de fortalecer cada vez mais o pássaro da democracia,  para que ele  possa  alçar voos  altos, serenos e duradouros.
Como já disse anteriormente, ingressei na política  movido pelo desejo de ajudar a  promover a renovação política em Goiás, principalmente em minha cidade, Rio Verde, que em pouco mais de uma década, viu sua população dobrar de 90 mil para 180 mil habitantes.  E mesmo com todo esse crescimento populacional, acompanhado de grande desenvolvimento econômico, Rio Verde ficou sem ter um representante ”filho da terra” aqui na CÂMARA FEDERAL, por vinte anos.
Localizada a pouco mais de 200 quilômetros de Goiânia, Rio Verde é cidade pólo da região sudoeste, que por sua vez é considerada o celeiro agrícola de Goiás, se colocando entre as principais forças do agronegócio do país.
 O maior exemplo dessa pujança que vem das nossas terras férteis, é a TECNOSHOW,  a segunda maior feira de negócios do Brasil nesse setor, que acontece em Rio Verde, sempre no mês de Abril.
O Estado de Goiás tem ajudado a garantir o abastecimento interno do país e ainda contribuído muito para aumentar o superávit comercial na balança externa brasileira.
Por isso, no papel de um dos representantes políticos de Goiás,  serei um fervoroso defensor da melhoria das rodovias federais que cortam o estado, pois enfrentamos sérios problemas no escoamento da nossa safra, já que as más condições das estradas estão colocando em  risco a vida dos profissionais do volante e também das famílias que saem de viagem, dividindo o mesmo espaço com pesados caminhões. Numa região produtiva como o  sudoeste, goiano, a duplicação da BR 060, entre Jataí-Rio Verde- Goiânia, é de extrema necessidade.
            E por falar em escoamento de produção,  é preciso ressaltar a importância da Ferrovia Norte-Sul, cujos trilhos já saíram do Maranhão com o objetivo de interligar o país. Uma grande obra, que quando finalizada, irá dividir  a história do Brasil em dois tempos: antes e depois da Norte-sul.
            Quero parabenizar o Goiano José Francisco das Neves, o  nosso Juquinha, presidente da VALEC, assim como toda sua aguerrida equipe. Gostaria também de lembrar ao Juquinha que cidades com grande um volume de produção como  Rio Verdenão pode ficar sem uma plataforma multimodal.
Saindo dos trilhos da Norte Sul, mas ainda na linha de raciocínio da produção agrícola, não podemos esquecer  da reforma no código florestal, buscando um equilíbrio entre plantio, colheita e preservação do meio ambiente, afinal, alimentar e respirar são imprescindíveis para a sobrevivência humana.
E por falar em imprescindível, vou mudar um pouco o rumo da prosa, como se diz lá no nosso interior, para lembrar que Goiás, mesmo ganhando destaque no cenário nacional por sua natural afinidade com as coisas do campo, tem um  espírito vanguarda,  com profissionais se destacando nos mais diferentes setores. E olha que não é de hoje. Vou começar citando o vila boense Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, vice presidente da província de Goiás no século dezenove.
Político importante, Francisco Ferreira escreveu o Dicionário Analógico da língua Portuguesa, uma ferramenta preciosa para alunos, professores, escritores  e intelectuais como Chico Buarque, que chegou a afirmar que o dicionário,  lhe  dado de presente por seu pai, tem sido um  fiel companheiro pela vida afora.
E entre tantos  grandes nomes da literatura goiana, cito  Bernardo Élis, autor de O tronco, ocupante da cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras.
Representando as mulheres;  Cora Coralina, que numa auto análise de sua vida e obra, dizia  ser doceira por profissão e poeta por vocação.
Outra mulher de grande sensibilidade, que assim como Cora, ajuda a divulgar os  encantos da Cidade de  Goiás, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, é Goiandira do Couto, que transforma as coloridas areias da Serra Dourada em belas pinturas. A mesma  serra que emoldura e  embeleza a velha Cidade de Goiás, mas ao mesmo  tempo  limita sua expansão. E foi por esse motivo que Pedro Ludovico, então governador do estado,  transferiu a capital para a planície do cerrado, construindo a moderna Goiânia, que hoje conta com mais de um milhão de habitantes. Fato que com certeza encorajou JK a construir Brasília, quase três décadas depois.
Goiânia que renovou os ares de Goiás em todos os aspectos, inclusive nas artes, onde viu brotar o talento de DJ Oliveira, Antônio Poteiro  e o inquieto  Siron Franco,  que se destacou internacionalmente com sua pintura visceral e obras que servem de alerta como a Instalação “Salvai nossas Almas”, já exposta aqui na Esplanada dos Ministérios, denunciando a violência contra as mulheres e crimes de pedofilia.     
Goiânia que viu surgir o talento da grande dama do piano  Belkis Spencieri, que  percorreu  os teatros do Brasil e do mundo com seu dom de emocionar através da música. Isso, muito antes das  duplas sertanejas como Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone, Jorge e Matheus, entre outros,  propagarem o nome de Goiás pelo país. Goiânia onde o cineasta João Bênio desafiava as dificuldades da sétima arte e contava belas histórias em suas películas.
            Na  economia  temos Henrique Meireles, cuja contribuição ao país, já mencionei  aqui. Na diplomacia, o Goiano Lauro Moreira  ocupou cargos de Cônsul e  Embaixador em vários países numa brilhante carreira por quase cinqüenta anos. No esporte, destacamos o campeão olímpico de vôlei, o nosso Dante, o eterno Túlio Maravilha, em busca de seu milésimo gol e ainda  família Fernandes, as meninas campeãs de ciclismo. Todos esses nomes e tantos outros que eu não teria tempo de mencionar aqui, engrandecem o nome  de Goiás, assim como cada cidadão que reside nesse valoroso estado; crianças, adolescentes, jovens, adultos. Homens e mulheres que independente da profissão, têm  a nobre vocação para o trabalho, ajudando, cada à sua maneira, o nosso Governador Marconi Perillo no desafio de fazer com que Goiás cresça a  cada dia, conquistando de vez seu espaço no cenário nacional.
O nosso Estado de Goiás, das águas quentes de   Caldas Novas, Rio Quente, Lagoa Santa e Jataí. Goiás de Rio Verde, que com sua força agropecuária, promove uma das maiores festas de rodeio do país. Rio Verde administrada por Dr. Juraci Martins que está promovendo de fato o desenvolvimento solidário que nossa cidade aguardava tantos anos. Goiás da industrial Anápolis, com o maior pólo farmoquímico do Brasil, sede da Base Aérea que garante o espaço aéreo do centro do país,  inclusive o  da nossa capital federal.
Goiás das centenárias Pirenópolis e  Corumbá, com suas tradicionais cavalhadas. Da Cidade de Goiás, onde todos os anos acontece o FICA, o mais importante festival de cinema ambiental do mundo. É esse Estado que tenho a honra de representar aqui na CÂMARA FEDERAL, com o firme propósito de ajudar a promover as reformas política, tributária, trabalhista, do código florestal, entre tantos outros desafios fundamentais para o desenvolvimento do nosso Brasil.

Muito obrigado pela atenção de todos e até a próxima, se Deus quiser.