quarta-feira, 4 de maio de 2011

O crack e os nossos filhos, filhos do Brasil

     Falar sobre um tema tão recorrente quanto o crack não é fácil. Isso porque o avanço vertiginoso da droga, feita da borra da cocaína, apresenta resultados espantosos em seus usuários, transformando-os em verdadeiros zumbis que entregam suas vidas ao efeito destruidor desse produto manipulado por qualquer um, em qualquer fundo de quintal. É isso mesmo! O crack é um produto barato, acessível à todas as classes sociais e, por isso, mesmo é tão ameaçador.
     Praticamente todas as semanas os jornais estampam histórias tristes sobre  usuários que roubam os próprios pais, ou outros parentes, geralmente usando a violência, chegando a cometer crimes fatais para adquirir o produto, que está ali, à venda nas esquinas ou na porta das escolas. Muito tem se debatido sobre esse mal mas, na verdade, são poucas as ações concretas para se enfrentar um inimigo tão avassalador, que tem como público alvo nossas crianças e adolescentes que, é bom lembrar, na teoria têm suas vidas resguardadas pela Constituição Federal em um   Estatuto criado com essa fnalidade.
     Confesso que tenho pensado muito sobre esse assunto em busca de uma solução em que governo e sociedade possam se mobilizar em prol de uma conscientização em massa, utilizando o conhecido tripé social: família, escola e polícia. Sim, pois se cabe à família educar com uma sólida formação moral, para que mais tarde não venha chorar sobre o leite derramado, é obrigação da escola dar sequência a essa tarefa, reforçando os pilares pra se formar o cidadão com uma educação de qualidade, preparando-os para a vida e para o mundo. Meta que só é atingida quando se usa as ferramentas pedagógicas certas.
     À polícia cabe o dever de reprimir o tráfico em todas as suas formas, desde a prevenção, passando pela conscientização até chegar à repressão, ao combate direto, com o objetivo de localizar, prender e colocar o traficante sob a pena da lei. Nesse sentido, temos visto algumas iniciativas governamentais expressivas, porém isoladas, com resultados a médio ou longo prazo. Mas o problema é gravíssimo e exige ações imediatas.
     O combate a esse monstro que já espalhou suas garras por todos os cantos do país, desde as maiores cidades até as regiões mais isoladas, não cabe apenas ao Governo enquanto órgãos administrativo, legislativo e executivo, mas sim a toda a  sociedade. É preciso unir forças, redobrar as atenções, começando de dentro de casa. Se os pais estiverem atentos vão perceber mudanças no comportamento do filho que está se enveredando pelos caminhos da droga.
     Atenção que precisa ser estendida para as escolas, onde a má influência de um   usuário pode arrastar dezenas de vítimas para o mesmo buraco. E, por último, uma atenção redobrada das autoridades competentes, que precisam tomar providências sérias e imediatas, afinal, não se trata de uma simples batalha e sim de uma guerra, cujas as maiores vítimas são os nossos filhos, os filhos do Brasil, que estão morrendo nas trincheiras visíveis das drogas, bem aqui, debaixo dos nossos olhos distraídos com a agitação da chamada vida moderna.